Estou pisando em folhas secas, enquanto escuto o silêncio do mundo,
E as árvores do outono agora são solitárias...como eu.
As chagas me são incompreensíveis...não consigo fechá-las, parecem estígmas.
Pobres passos para o além...sem rumos definidos,uma busca na escuridão.
Vazio constante,morte diária, morro todos os dias...é preciso
Renovando-me para a esperança, que sendo eterna...é também enigmática, e cruel!
Queria ser uma imagem pincelada, dessas onde os traços são abstratos...mas que são melhores interpretadas.
Estou perdendo a noção do tempo,estou fora do controle...isso não é bom sinal!
Estou sentindo a terra tornar-se mais árida...os pés querem descanso.
A alma chora e quer colo,
Os sonhos precisam acordar,
O coração deseja parar de bater descompassado,
Meu corpo inteiro são chamas, lentas e destruidoras
Me deixe, ou me tome por inteira
Me queira, ou destrua de uma vez
Estou sem lágrimas,mas choro pelos poros
Uma chuva forte dentro de mim, inundada...afógo-me!
Salve-me! ou escondá-se!
Quero o doce que manterá suave meu paladar...mas não me enganes , ao oferecer-me veneno!
Eternos são os diamantes...brutos na sua essência...lapilados serão jóias valiosas!
O mesmo cuidado preciso, o mesmo cuidado ofereço.
Agora preciso continuar, a pisar na trilha deixada pelas folhas secas, que o vento carinhosamente levou.
Até os ventos amam...eles carregam folhas secas por onde passam.
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